quarta-feira, 17 de março de 2010

Lady Gaga a musa da vez ..



Todas as loucuras que o mundo da música já viu em matéria de figurino empalidecem diante de
Lady Gaga. A estética do absurdo vira uma definição fraquinha, os desfiles de Carnaval parecem comportados, os parangolés de Hélio Oiticica viram uma capinha modesta. Beatles? Madonna? Freddie Mercury? Grace Jones? De todos eles, Stefani Germanotta,s o nome incrivelmente normal de uma cantora disposta a fazer as maiores loucuras, pegou alguma coisa e exagerou até os limites do improvável. Pelo menos em matéria de roupas, o mundo do show business se divide em antes de Gaga e depois de Gaga. Sendo que essa última categoria exige das demais concorrentes um trabalho danado. Em vão: ninguém se compara às esquisitices mercadologicamente brilhantes da cantora de dotes vocais moderados e incomparável capacidade de aparecer. Isso tem funcionado admiravelmente bem. Tudo o que ela faz vira notícia – como poderia ser diferente com uma mulher que põe uma lagosta na cabeça para ir jantar fora? Menina de classe média de Nova York, com formação musical média (mas capaz de produzir o onipresente ô, ô ô ô ô do hit Poker Face), Gaga fez o que muitos desejam mas poucos conseguem: criou um personagem. Vive na sua pele maquiada e nos seus saltos vertiginosos 24 horas. Não namora em público, não é vista trançando as pernas, não dá escândalo nem pensa em ir ao supermercado de madrugada de moletom e boné, como umas e outras. "Acredito numa vida de glamour e vivo assim. Não quero que ninguém faça separação entre quem eu sou de maquiagem e sem. Sou a mesma pessoa", proclama. "Prefiro a morte a aparecer para meus fãs sem salto alto."

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